sábado, 30 de outubro de 2010

A busca pela sabedoria na Grécia Antiga


A filosofia surgiu nos séculos VII e VI a.C nas cidades gregas situadas na Ásia Menor. A palavra é a junção de philos=amor e Sophia=sabedoria. (Lembrando que os gregos antigos se valiam de algumas expressões para expressar as diferentes formas de amor, são elas: Eros, philia, ágape, pragma e storge). Tem uma história de mais de dois mil anos. Embora vivessem em cidades-estado distintas e muitas vezes rivais entre si, os gregos conseguiram desenvolver um grande avanço da ciência na Idade Antiga, principalmente no campo do saber.

No começo, na Grécia, a Filosofia tratava de todos os temas, já que até o séc. XIX não havia uma separação entre ciência e filosofia. Assim, na Grécia, a Filosofia incorporava todo o saber. No entanto, a Filosofia inaugurou um modo novo de tratamento dos temas a que passa a se dedicar, determinando uma mudança na forma de conhecimento do mundo até então vigente. Isto pode ser verificado a partir de uma análise da assim considerada primeiro proposição filosófica. “(Prof. Dr. Delamar José Volpato Dutra, 2001, pg. 58)

Começa por ser uma interpretação dos mitos cosmogônicos difundida pelas religiões do tempo. Pode-se dizer que se originou por conta da curiosidade e questionar os valores do senso comum ditado e aceito por todos. Segundo os dois grandes filósofos Sócrates e Platão os mitos foram à matéria inicial de reflexão dos filósofos. Ora, mas também os primeiros ensaios filosóficos levaram os sábios a formular as relações entre os indivíduos e a cidade. Daí resulta que os primeiros filósofos gregos foram legisladores, assim temos: Licurgo, Drácon, Epenemides e Periandro.

Depois surgem os chamados filósofos da natureza no período Arcaico com a Escola de Mileto (Jônica) da qual se destacaram Tales, Anaxímenes e Anamaximandro o maior dos jônicos e precursor de Demócrito, que foi físico, astrônomo e matemático. Na concepção desta escola tudo na natureza descendia de um elemento básico (água, ar ou matéria). Atribuí-se a Tales a seguinte afirmação: “todas as coisas estão cheias de deuses”. Entretanto posteriormente muitos filósofos não deram muita importância a Tales de Mileto e passaram a criticá-lo por conta de sua filosofia barata e absurda. Mas alguns outros filósofos seguiram o caminho oposto das críticas como Nietzsche:

"a filosofia grega parece começar com uma idéia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matiz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e, enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisália , está contido o pensamento: ‘Tudo é um’. A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em comunidade com os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e o mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego”. (Friedrich. Nietzsche, 1832, pg. 60)

Depois da escola Jônica aparece a escola Itálica que tem como fundador Pitágoras de Samos. A escola prega que tudo se baseia ao número, forma e harmonia das esferas. A posteriori surge a escola Eleática, esta prega o idealismo absoluto fora do que é real. Para o fundador desta escola Xenófane só a inteligência pode chegar a compreender os princípios fundamentais da vida e também negou o politeísmo e criou o monoteísmo. Parmênides e Zenon continuaram a obra de Xenófane, para eles não há nascimento nem morte, tudo é eterno e imperecível, os sentidos nos enganam; tudo é aparência e por trás desta está à realidade absoluta.

Mas Posteriormente, com a questão do princípio fundamental único entrando em crise, surge a sofística, e o foco muda do cosmo para o homem e o problema moral. Os sofistas andavam pela Grécia, de cidade em cidade, fazendo discursos, formando discípulos e participando de debates. Por seus serviços os sofistas cobravam altas taxas e foram, na verdade, os primeiros gregos a cobrarem dinheiro para transmitir seus conhecimentos. Os sofistas não eram, falando em termos técnicos, filósofos, mas ensinavam tudo aquilo que se lhes demandasse. Eram tópicos variados como retórica, política, gramática, etimologia, história, física e matemática. . Logo alcançaram o status de mestres da virtude no sentido de que ensinavam as pessoas a desempenharem seus papéis dentro do Estado. Protágoras de Abdera, nascido em cerca de 445 a.C. é considerado como o primeiro Sofista. Outros que se destacaram foram Górgias de Leontini, Pródico de Ceos e Hípias de Elis. Onde quer que eles aparecessem, especialmente em Atenas, eram recebidos com entusiasmo e muitos se ajuntavam para ouvi-los. Até mesmo pessoas como Péricles, Eurípides e Sócrates desfrutavam de sua companhia. Ora, mas porque os sofistas tiveram uma tamanha aceitação na Grécia Antiga? Pois a carreira mais popular na Grécia naquela época era a habilidade na política. Assim, os sofistas concentraram seus esforços no ensino da retórica. Os objetivos dos jovens políticos que eles treinavam eram o de persuadir as multidões de tudo o que quisessem que elas acreditassem. A busca da verdade não era a sua prioridade. Conseqüentemente os sofistas se empenhavam em providenciar um estoque de argumentos sobre qualquer que fosse o assunto, ou ainda para provar qualquer posição. Vangloriavam-se de sua habilidade de fazer com que o pior parecesse melhor, de provar que preto era branco. Contudo adotando esta maneira de trabalhar e desenvolver a retórica os sofistas foram muitos criticados por Platão. Através de Platão ficamos sabendo que havia certo preconceito sobre o título de "sofista". Na época de Aristóteles esse título sustenta um significado de insolência à medida que define "sofista" como uma pessoa que faz uso da razão de maneira falsa para obter lucros.

Na época auge dos sofistas estes não eram os únicos, pois no mesmo período também tivemos Sócrates que filosofava com as pessoas nas ruas de Atenas. Infelizmente as únicas fontes que temos deste é através de seu aluno Platão e que muitos autores duvidam da existência de Sócrates. Mas o que se sabe é que ele foi moralmente, intelectualmente e filosoficamente diferente de seus contemporâneos atenienses. Quando estava sendo julgado por heresia e por corromper a juventude, usou seu método de elenchos (método utilizado para o questionamento) para demonstrar as crenças errôneas de seus julgadores. Sócrates acredita na imortalidade da alma e que teria recebido, em um certo momento de sua vida, uma missão especial do deus Apolo através de uma mensagem do Oráculo de Delfos. A mensagem era a seguinte: "conhece-te a ti mesmo". Sócrates também duvidava da idéia sofista de que a arete (virtude) podia ser ensinada. Acreditava que a excelência moral é uma questão de inspiração e não de parentesco, pois pais moralmente perfeitos não tinham filhos semelhantes a eles. Isso talvez tenha sido a causa de não ter se importado muito com o futuro de seus próprios filhos. Sócrates freqüentemente dizia que suas idéias não são próprias, mas de seus mestres, entre eles Pródico e Anaxágoras de Clazômenas .

Então Sócrates não recebia pagamento pelo que ensinava. Dispensava gratuitamente o seu saber a quem dele necessitava. Contudo, foi considerado por muitos como sofista porque aparentemente exercia o mesmo ofício. Como eles, instruía a juventude, discutia em público política e moral, religião e por vezes arte e, como eles, criticava com vigor e subtileza as noções tradicionais nas diferentes matérias. Como diz Bonnard: ele era o "príncipe dos sofistas”, o mais insidioso dos corruptores da juventude. “O mais culpado também: os outros são estrangeiros, ele é cidadão”. (1980, pg. 439)

A sua motivação de ordem pedagógica distingue-se ainda da dos sofistas, na medida em que estes praticavam um ensino desligado de preocupações de ordem ética. Como diz Landormy: “Fingiam "adotar as opiniões comuns, a moral das pessoas honestas, os preconceitos ou as superstições do povo”, (1985, pg.15), de modo a agradarem ao maior número de pessoas. O seu objetivo principal era agradar de forma a obterem os seus proveitos próprios, sem atenção aos valores essenciais. Daí o uso artificioso da oratória e da retórica como forma precisamente de, através da palavra, conseguir persuadir os cidadãos.

"Sócrates quer educar o seu povo, conduzi-lo à consciência do seu verdadeiro bem, ao perigo e à nobreza da escolha. Quer libertá-lo da servil obediência à opinião estabelecida, para comprometê-lo no livre serviço da verdade severamente verificada. Quer tirá-lo da infância, que pensa e age por imitação e constrangimento, para fazer dele um povo adulto, capaz de agir por razão, de praticar a virtude não por temor das leis e do poder (ou de deuses ao seu dispor), mas porque sabe de ciência certa que a felicidade é idêntica à virtude" . (Bonnard,1980, pg. 442)

Sócrates acreditava que se, através do seu método, conseguisse levar as pessoas a descobrirem o que é a aretê, então esta descoberta obrigaria os seus interlocutores a agir de forma virtuosa. No Protágoras, a pergunta pela ensinabilidade da virtude é central. Pode a virtude ser ensinada? O ponto curioso deste diálogo é que, na primeira fase da discussão, Sócrates dúvida que a virtude possa ser ensinada, enquanto Protágoras, como sofista, entende que sim. Mas, no decorrer da argumentação, Sócrates vai analisar as várias virtudes e conclui que todas elas são uma única, que todas se identificam com o conhecimento do Bem. Nesse momento, acaba por concluir que a virtude pode ser ensinada e é Protágoras quem passa a considerar duvidosa essa possibilidade. Sócrates combateu os sofistas, julgou com severidade o uso que faziam da arte da palavra, que segundo ele não visava estabelecer o verdadeiro, mas produzir a aparência. Sócrates defendia energicamente a necessidade e a possibilidade de conhecer a verdade. Amava-a acima de tudo e tomou como ocupação exclusiva da sua vida, ajudar a descobrir em cada homem a verdade que nele existia. Mesmo sem salário e quase sem esperança, exerceu até a morte este serviço de educador do seu povo, o mais insubmisso de todos os povos. E esta era sua maneira de ser cidadão.

Mas, os cidadãos atenienses não souberam compreender Sócrates. Ele amava a juventude. Amava a sua cidade. Foi por ela que viveu e foi por ela que consentiu morrer. Acusado injustamente por uma elite ateniense que ficara envergonhada por não conseguir responder perguntas de Sócrates e que também não entenderam sua forma de filosofia, a de indagar e fazer os cidadãos pensarem e não somente acomodados com uma situação qualquer. Um de seus inimigos foi o teatrólogo Aristófanes. Morreu com dignidade e com sua calma incompreensível rodeado de amigos que fizera ao longo de sua jornada, ao beber a sicuta deitou-se e esperou sua alma alcançar o outro lado da existência, o que ele sempre acreditava.

Costuma-se atribuir a Sócrates de forma errônea como sendo o primeiro filósofo existente. Mas percebe-se que ele foi sem dúvida alguma o marco para a filosofia, com ele temas como ética, política, como ser cidadão e questões como a imortalidade da alma foram colocadas em xeque. Provavelmente sem a existência e grande influência de Sócrates não teríamos outros grandes filósofos posteriormente como Platão e conseqüentemente Aristóteles. Portanto a base primordial da Filosofia grega era a busca de um amor pela sabedoria, focando mais o saber para não se tornar um cidadão acomodado. Amar a sabedoria acima de tudo era o objetivo principal, mas buscar uma equiparação entre o amor e a plena sabedoria sem dúvida era o objeto de desejo de todos. A evolução na forma de pensar e agir dos gregos antigos mostra-nos a sua sede pelo “Sapere Aude” (Ouse Saber) como dizia Immanuel Kant.

Arte Gótica


"No século XII, entre os anos 1150 e 1500, tem início uma economia fundamentada no comércio. Isso faz com que o centro da vida social se desloque do campo para a cidade e apareça a burguesia urbana. No começo do século XII, a arquitetura predominante ainda é a românica, mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que conduziram a uma revolução profunda na arte de projetar e construir grandes edifícios.

A primeira diferença que notamos entre a igreja gótica e a românica é a fachada. Enquanto, de modo geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais que dão acesso à três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais. A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença na existência de um Deus que vive num plano superior; tudo se volta para o alto, projetando-se na direção do céu, como se vê nas pontas agulhadas das torres de algumas igrejas góticas."

Fonte: http://www.historiadaarte.com.br/

Início da "modernização" brasileira

A "nação" brasileira tem exatamente 510 anos de existência. Esta aliás caracterizada por lutas, injustiças sociais, glórias, corrupções e intervenções estrangeiras. Sempre em sua história o Brasil viveu sem identidade, o povo dizia-se nacionalista sem mesmo saber o sentido nato e força de tal expressão. Piorou ainda mais quando o país teria que evoluir " 50 anos em 5", algo extraordinário e ilusório. O ex-querido JK escancarou o Brasil para o investimento de multi-nacionais saciando assim a sede de ganância , mercado consumidor e ganho de riquezas fáceis a custa do trabalho sofrido de um povo sofrido e injustiçado. Aparentemente todo o país lucraria com o investimento estrangeiro que iria modernizar o país e o elevar na vanguarda de futuras potências mundiais! Pobre utopia, na realidade o Brasil endividou-se ainda mais com o FMI e o povo mesmo que melhorando um pouco sua situação se atolava no trabalho para ao fim do mês receber meros trocados para alimentar uma família e tentar sobreviver com dignidade(aliás, fato bem contemporâneo não é?). Mas para a alegria dos estrangeiros suas empresas faturaram bastante, só que o lucro era remetido para o exterior, ou seja, para o país de origem das empresas. O Brasil a partir deste fato começa a se tornar um país verdadeiramente industrializado mas ao mesmo tempo paga um preço altíssimo: o aumento de sua dívida externa. Com o passar de alguns anos o país não consegue crescer e nem atender os anseios da população pobre que quanto mais trabalha, menos come ou vive com dignidade. Tudo isso fruto do descaso das autoridades governamentais e claro interesses políticos sempre voltados favorecendo a burguesia capitalista e classe média. Com a instauração do regime militar ou como diziam os próprios apoiadores do golpe a " revolução " foi necessária para conter o avanço da esquerda comunista que tentava instaurar a baderna e destruir a sociedade brasileira. A verdade é que o regime militar foi uma forma de conter às reformas que atenderiam e diminuiriam um pouco o sofrimento de milhares de brasileiros que viviam à beira da miséria, fator este que assustou a preconceituosa classe média e burgueses.
Portanto percebe-se que todas as injustiças cometidas ao país e aos brasileiros ruíram alguns princípios mínimos de que um país precisa para progredir: saúde e educação.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Indicação de obras para elevar o conhecimento em Teorias da História

1) Teorias da História - Patrick Gardiner
2) Ofício do historiador - Marc Bloc
3) Introdução à História - Marc Bloc
4) A Idéia de História - R. G. Collingwood
5)A História da História - Maria Amélia Garcia de Alencar
6) Os Domínios da História - Ronaldo Vainfas e Ciro Flamarion Cardoso
7) Iniciação aos Estudos Históricos. Jean Glenisson
8) História em Migalhas dos Annales à Nova História. François Dosse
9) A História Nova - Jacques Le Goff
10) História: Novos Problemas. Novas Abordagens. Novos Objetos. Jacques LE GOFF e Pierre NORA.
Espero que gostem das sugestões de leitura tenho outras se alguém interessar posso reoass´-las. obrigada pela atenção, Jane
11) "Escritos sobre História" (F.Nietzsche)
12)A Escola dos annales -José Carlos Reis
13)A história entre a ciência e a filosofia -José Carlos Reis
14)A escrita da história -Michel DECertau
15)Que é história- E. Carrl
16)História- F. dosse
17)História e Memória - J.LE GOFF
18)CONSIDERAÇÕES SOBRE O MARXISMO OCIDENTAL-Perry Anderson
19)História e as ciências sociais-F. Dosse
20)SEGUNDA INTEPESTIVAS:Da utlidade da história... -F. Nietszche
21)As palavras e as coisas-Michel Foucault

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Refletindo Sobre O Inferno


Refletindo, ouço dizer, sobre o inferno
Meu irmão Shelley achou ser ele um lugar
Mais ou menos semelhante a Londres.

Eu Que não vivo em Londres, mas em Los Angeles

Acho, refletindo sobre o inferno,
que ele deve Assemelhar-se mais ainda a Los Angeles.
Também no inferno Existem, não tenho dúvidas, esses jardins luxuriantes
Com as flores grandes como árvores, que naturalmente fenecem
Sem demora, se não são molhadas com água muito cara.
E mercados de frutas Com verdadeiros montes de frutos, no entanto
Sem cheiro nem sabor. E intermináveis filas de carros
Mais leves que suas próprias sombras, mais rápidos
Que pensamentos tolos, automóveis reluzentes, nos quais
Gente rosada, vindo de lugar nenhum, vai a nenhum lugar.
E casas construídas para pessoas felizes, portanto vazias
Mesmo quando habitadas.
Também as casas do inferno não são todas feias
Mas a preocupação de serem lançados na rua
Consome os moradores das mansões não menos que
Os moradores do barracos


Bertold Brecht

Como se tornar um Deus?


Desde que nascemos ouvimos falar em Deus mesmo sem ter a idéia do que é o adorarmos e reverenciarmos. Todo ser humano cresce tendo uma imaginação de como é Deus e justifica seus atos como heroísmo, atrocidades, alegrias e tristezas por vontade dele. Ou seja, ele faz parte de nossas vidas controlando e vigiando. Pode-se dizer que Deus além de ser divino dita as regras de conduta do povo através da religião. Isto é bom, pois permeia o que cada cidadão pode ou não fazer.
A religião tem o papel de controlar ações da sociedade. Ela é um conjunto de regras feito para vivermos em harmonia ou em desarmonia pelo ponto de vista dos radicais e egoístas. E o ser supremo que dita estas regras é Deus. Não matarás, manter o diálogo e ajudar ao próximo são alguns exemplos. Entretanto muitas pessoas não seguem tais condutas morais. O que se vê hoje em dia é uma crescente violência e desrespeito para com o próximo. Ganância e vício são os males atuais, tudo isto controlado pelo poder do dinheiro. Tragédias, mortes, estupros e etc, são exemplos de que o mundo piora cada vez mais. Ora, para muitos as regras capitalistas ou socialistas são como uma religião e para o lugar supremo o próprio ser humano se auto-proclama um deus. Nos tornamos niilistas?
Ao tornar-se deus fazemos tudo o que se pode. Nada é impossível. Chegamos a conclusão de que matam o Deus e se tornam um, portanto usurpam seu lugar. Banhados pela hipocrisia, ignorância e falta de respeito. Mas ao tornar-se deus o ser humano fica órfão, pois não há ninguém superior a ele.
Ora, com isto os males da humanidade aumentam ainda mais. Presenciamos suicídios, depressões e doenças sem cura. O resultado disso tudo é o barril de pólvora no qual vivemos atualmente. Para concluirmos, do que adianta todo esse belo discurso se afinal de contas no íntimo de cada um não conseguimos responder a seguinte pergunta: Deus existe?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Egoísmo e Soberba das religiões

Em a crítica às religiões foi defendido que às várias religiões existentes se digladiam em busca de se tornarem ou obter o título de únicas ou verdadeiras, com o intuito de obter lucro com os fiéis, sendo que tais idéias são elaboradas por seus líderes religiosos. Como um efeito dominó os “fiéis” são contaminados com uma soberba e egoísmo extremos. Ora, mas por quê? Ao adotarem uma religião como regimento e cartilha de vida acabam defendendo ao extremo o ponto de vista (muitas vezes superficial), ou seja, a base ideológica de suas religiões e afirmando que não existe religião certa ou superior, ou que não há outra verdadeira se não a própria. Com isso justificam sua ignorância somada à soberba e egoísmo. Percebe-se então uma grande incoerência. Ora, pois muitos ao escandalizarem para o mundo e defenderem a unhas e dentes sua religião com argumentos mesquinhos e ridículos acabam infringindo os mandamentos de Deus, que pressupõe igualdade entre todos e no mínimo tolerância. Não soberba e ignorância ao extremo. Mas infelizmente muitos usam “óculos escuros” em vez de “colírios”, baseiam-se em seus conhecimentos ralos e que sempre são movidos pelos mais altos escalões da hierarquia religiosa. Portanto ao fim muitos “fiéis” se tornam simples marionetes ou peças em um tabuleiro por conta de seus “espíritos imundos” (ignorância). Para o bem da humanidade e de todos é necessário ter conhecimento da própria ignorância religiosa, como também se dispersar da soberba e ignorância, ou pelo menos que haja respeito mútuo entre todos, que cada um defenda seu ponto de vista, e respeite o que pensa diferente. Pois o atrito entre os ortodoxos pode provocar fumaça. E onde há fumaça, há fogo. E fogueira. Lembram-se?

Dúvidas e receios sobre a morte

O que é a morte? Seria apenas o princípio de uma nova vida ou fim de uma existência? Ou uma forma de elevar a alma para algum dia tentar fazer o bem?Seria a morte apenas o começo? Para os céticos, a morte compreende o cessar da consciência, exatamente quando o cérebro deixa de executar suas funcionalidades. A questão de o que acontece, especialmente com os humanos, durante e após a morte (ou o que acontece "uma vez morto", se pensarmos na morte como um estado permanente) é uma interrogação freqüente, latente mesmo, na psique humana. Por outro lado, medo do Inferno ou de outras conseqüências negativas pode tornar a morte algo mais temido. Tais fatos e indagações são polêmicos e infelizmente não tem uma resposta viável ou concreta sem margem de dúvidas. Para saber empiricamente basto morrer, mas é algo que ninguém quer passar. A morte: o ser humano no seu interior sabe que seu fim é este, mas não aceita de forma pacífica, pois no fundo tentamos ser imortais ou pensamos ser. Seria egoísmo e apego ao mundo material? Ou apenas medo do desconhecido? Acredito piamente que são as duas coisas. Há aqueles que querem encarar a morte para fugir de seus problemas cotidianos e assim terem a tão imaginada paz, mas no fim não passam de pobres almas despedaçadas e sofridas, usadas muitas vezes pelas religiões e por seus abutres. A morte também seria a resposta que todos aqueles fiéis e ateístas buscam ao longo da vida se digladiando com meras e ridículas palavras, ou seja, Deus. Isto sim se pode dizer que todos têm a curiosidade de conhecê-lo e indagá-lo sobre diversas questões como: por que nascemos? Como surgimos? Qual o verdadeiro propósito do ser humano? E por que tantos sofrem enquanto muitos roubam e se divertem? Mas como seria nossa reação se descobríssemos que Deus não criou o homem, e sim o homem que criou a Deus? Concluo que nenhum de nós, teístas ou ateístas estamos preparados para conhecer a morte ou mesmo Deus. Não passamos de miseráveis humanos buscando respostas para perguntas que sempre vão se afunilando e indo para um caminho obscuro e sem fim.