sábado, 27 de novembro de 2010

Idade Média: Parte I

A Idade Média foi um longo período histórico marcados por vários fatores como o renascimento comercial a partir do século XI, então vamos analisar os fatos antes deste marco.


Com a queda do Império romano do ocidente, os bárbaros fundaram vários reinos a partir do século V, mas mantiveram o caráter mediterrâneo dos romanos, ou seja, o utilizavam para fazer comércio, os germanos utilizavam o soldo romano como moeda. Só com a crescente expansão do islão que o mediterrâneo se tornou uma barreira, o comércio europeu está condenado a desaparecer se a utilização do mediterrâneo. Embora houvesse uma rivalidade entre cristãos e muçulmanos alguns comerciantes europeus, mais precisamente os de Veneza e Gênova continuavam a comercializar com os muçulmanos, para eles pouco importava a rivalidade entre duas religiões, o que valia era o lucro. Também comercializam com o império Bizantino.

Mas é claro que com o avanço muçulmano houve um travamento do comércio na Europa. Na época de Carlos Magno houve-se dizer que houve um progresso econômico, mas vale frizar que é um erro afirmar isto, pois por mais que fizesse não teria conseguido suprimir as conseqüências do desaparecimento do comércio e do fechamento do mar.

Ora, com estes fatores a partir do século VIII a Europa conhece um estado de regressão, a terra se torna a única fonte de riqueza e de subsistência. Os bens móveis não têm mais importância, portanto, o sistema feudal é a desintegração do poder público e o feudalismo uma volta a uma civilização puramente rural. A característica principal deste modo de produção é o latifúndio que não se tornou algo novo, pois já existia, o fato novo se deu sobre seu funcionamento a partir do desaparecimento do comércio, ele não se adaptou ao sistema por livre escolha, mas por necessidade.

Há épocas em que se vê um comercio ocasional, pelo fato das terras dos senhores feudais apresentarem excedentes da produção os servos vão fazer trocas por outras mercadorias, isso não é uma ocupação normal e sim um recurso que se emprega quando a necessidade o impõe.

Ao passar de várias colheitas vão sobrando mais excedentes, então em alguns pontos vários servos se encontram e começam a trocar mercadorias, é assim que nascem as feiras. A primeira foi a de Saint Denys.

Como foi dito anteriormente com o avanço dos muçulmanos houve um fechamento do mediterrâneo, mas os judeus continuaram a comercializar, eles dirigem-se a uma clientela muito reduzida, ou seja, seus lucros ficam mínimos.

Com o surgimento do feudalismo há também o aparecimento de novas classes na sociedade como os senhores feudais e os servos e também há uma relação nova de tratamento entre ambas as partes. Há uma relação de vassalos entre suseranos, vale lembrar que esta sociedade se torna fortemente hierárquica e a igreja ganha enormes poderes se tornando o lugar mais importante da sociedade e a quem tem a maior quantidade de terras, seu conceito de mundo adaptou-se a condição econômica da época. Tamanho é seu poder, que proibiu o uso da usura, ou seja, o empréstimo a juros por muito tempo, havia uma grande devoção das pessoas pela igreja por isso total respeito a ela.

Na época do império Carolíngio houve uma nova onda de invasões provocadas pelos normandos e escandinavos, não devemos tratá-los apenas como saqueadores, eram hábeis no mar, portanto, são piratas mas isto constitui a primeira etapa do comércio, mas depois em fins do século IX tornam- se mercadores.

Mas com um certo crescimento demográfico aliado a excedentes de produção e uma necessidade de novos mercados os europeus se lançam as cruzadas, que seria a libertação de cristãos sob o domínio dos muçulmanos segundo a igreja, pois para os comerciantes era uma oportunidade de abrir o mediterrâneo e obter com isso novos produtos e novos mercados. A primeira cruzada ocorreu em 1096. Foram várias investidas dos cristãos ao oriente, várias cruzadas foram organizadas e no fim o prêmio: a reabertura do mediterrâneo, os cristãos arrebataram aos infiéis as ilhas cujas posse garantiria a hegemonia do mar. Pode-se concluir que o resultado das cruzadas foi ela ter dado as cidades italianas o domínio do mediterrâneo.

Com a abertura do mediterrâneo o Império Bizantino diminui sua influência e supremacia no oriente, pois agora tem a disputa dos mercadores italianos. Tamanha a importância do mediterrâneo que ao renascimento econômico atingiu várias partes da Europa, inclusive os povos nórdicos e a região dos países baixos, ou os flamengos.

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