sexta-feira, 29 de abril de 2011

Alimentando o desejo de vingança em Bastardos Inglórios


Caros amigos, todos em são consciência sabem o genocídio causado contra os judeus pelos alemães durante o governo de Hitler. Principalmente após a Alemanha encaminhar-se a derrota o Führer acentuou o extermínio em massa de milhões de judeus nos campos de concentração. Toda a humanidade tem como exemplo o que não fazer contra pessoas inocentes. Mas passados tantos anos após esta mancha na história da humanidade tais fatos são recorrentes em nossas mentes por conta de imagens, notícias daquela época e mais contemporâneo ainda a existência da vitoriosa ideologia nazista: os neonazistas. Tudo isso causa revolta e nojo a ponto de querermos nos vingar de alguma forma do regime nazista, fruto de nosso subconsciente. Pois bem, recentemente foi lançado o filme Bastardos Inglórios que conta de outra forma o fim do regime nazista, expõe o desejo de vingança dos judeus e da humanidade contra o regime como também mostra um fundo de realidade.
Primeiramente não devemos acreditar piamente que todos os judeus não reagiram contra o regime. Em muitos campos de concentração(guetos) houveram rebeliões que em muitas vezes foram reprimidas, expondo o sentimento de revolta do povo judeu prestes a morte. Portanto o filme nos alerta para esse tipo de reflexão seguindo sua fase de reprodução do subconsciente humano ao mostrar um grupo de judeus americanos caçando nazistas e os exterminando de maneira cruel e muitas vezes cômica. E por fim o declínio da ofensiva alemã durante a segunda guerra e os dois planos para matar Hitler e todo o primeiro escalão alemão.
Então queridos, uma boa dica de filme para aguçar nossos desejos e revoltas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

CBN - A rádio que toca notícia - Arnaldo Jabor-A Batalha entre Deuses e Crenças




Cinco sentidos sem nenhum sentido

Era uma vez um planeta
criado com muito amor
matéria prima das boas
por Deus, o nosso Senhor.
Terá ele se arrependido
vendo tudo sucumbido
sem crença, fé ou amor?

Ao homem que ele deu olhos
não enxerga, apenas vê
finge de desentendido
quando há tanto pra fazer
planta os sonhos em versos
de tipos os mais diversos
entretanto ele não crê.

Vive batendo no peito
dizendo tudo poder
mas traz os ouvidos moucos
só quer ter mas nunca ser
um palmo além do umbigo
nem ele nem eu consigo
decifrar o que acontecer.

Das palavras faz chibata
sem ter qualquer compaixão
atreve-se a poetar
pra magoar um irmão
sem entender que a boca
não é para coisa pouca
deve expor o coração.

As dores da própria pele
recusa sem hesitar
não sente nenhum remorso
se as dores for provocar.
Que diabo de ser humano
é esse feito de pano
que não foi Deus a criar?

Se lhe amarga o paladar
enche o ar de palavrão
mas serve, o mascarado
muito fel ao seu irmão
de onde pensa que veio
esse misto de aperreio
sem alma nem coração?

Vem com boa pontaria
eu sei, muita explicação
dirão que isso é balela
eu vim foi duma explosão
pois que seja assim vá lá
eu quero é ver explicar
quem é que armou o alçapão.

Porque mais dia menos dia
não vai ter um pra contar
donde eu vim pr'onde eu fui
a ninguém vai interessar
seja o fogo, a água ou o ar
que os três virão a faltar
que tonto vai duvidar?

Tere Penhabe

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Divino


Nobre seja o homem,
Caridoso e bom!
Pois isso apenas
É que o distingue
De todos os seres
Que conhecemos.

Glória aos incógnitos
Mais altos seres
Que pressentimos!
Que o homem se lhes iguale!
Seu exemplo nos ensine
A crer naqueles!

Pois insensível
É a natureza:
O sol 'spalha luz
Sobre maus e bons,
E ao criminoso
Brilham como ao santo
A lua e as 'strelas.

Vento e torrentes,
Trovão e saraiva
Rugem seu caminho
E agarram,
Velozes passando,
Um após outro.

Tal a sorte às cegas
Lança mãos à turba
E agarra os cabelos
Do menino inocente
Ou a fronte calva
Do velho culpado.

Por eternas leis,
Grandes e de bronze,
Temos todos nós
De fechar os círculos
Da nossa existência.

Mas somente o homem
Pode o impossível:
Só ele distingue,
Escolhe e julga;
E pode ao instante
Dar duração.

Só ele é que pode
Premiar o bom,
Castigar o mau,
Curar e salvar,
Unir com proveito
Tudo o que erra e divaga.

E nós veneramos
Os Imortais
Como se homens fossem,
Em grande fizessem
O que em pequeno o melhor de nós
Faz ou deseja.

Que o homem nobre
Seja caridoso e bom!
Incansável crie
O útil, o justo,
E nos seja exemplo
Dos Seres pressentidos.

Johann Wolfgang von Goethe

Propriedade


"Sei que nada me é pertencente
Além do livre pensamento
Que da alma me quer brotar,
E cada amigável momento
Que um destino bem-querente
A fundo me deixa gozar."

"Johann Wolfgang von Goethe"

Tempos Sombrios




Realmente, vivemos tempos sombrios!
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.
Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes,
pois implica em silenciar
sobre tantos horrores.

Bertolt Brecht

O único dia em que lembramos o Índio

19 de abril, data marcada pela “comemoração” aos índios. É uma data apenas lembrada a cada ano sem muito interesse pela mídia e população. Enquanto os meios de comunicação e colégios divulgam a “importância” da cultura e comunidade indígena estes vão perdendo sua identidade e sendo esmagamos e absorvidos pela sociedade capitalista. Um processo natural ao levar em conta a conjectura do mundo atual. Infelizmente os resquícios de uma cultura indígena são apenas lembrados em uma única data comemorativa ou quando algum pobre “pagão” indígena é queimado vivo, despejado de suas terras aparecendo assim nos noticiários causando a revolta da opinião pública, o que na verdade não passa de um surto de pena e culpa rapidamente esquecido pela sociedade.

Deve-se lembrar que o processo de destruição da sociedade indígena tem sua origem nas grandes navegações européias do século XVI sendo resultado da liberdade de alguns países que saíram das correntes da nobreza feudal para desembocar em Estados Nacionais promovendo a unidade do território. Portanto tal fato levou os recentes Estados Nacionais a procurar rotas comerciais para enriquecer a burguesia assim como a coroa. Os dois países que primeiro tiveram condições para se tornarem unidos foram Portugal e Espanha que se lançaram ao mar descobrindo e conquistando novos territórios assim como a população existente nela. Portugal conquistou ilhas próximas ao continente africano e posteriormente “descobriu” terras que no futuro seria chamada de Brasil. Coube a Espanha ter tido o “privilégio divino” de descobrir e conquistar a América Espanhola, terras que correspondem atualmente ao México, América Central e Sul exceto o Brasil. Lembrando que os conquistadores vinham em nome da coroa e da Igreja tendo como objetivo enriquecer a si mesmo como a coroa reservando a Igreja o direito de promover o Cristianismo. Estes ainda tinham o espírito guerreiro herdado das épocas medievais e especificamente a Coroa de Castela e Aragão após expulsar os Mouros de Granada em 1492 mantinham vivo este espírito que foi transposto para a América.

Ora, tendo como objetivo conquistar novas terras e enriquecer os europeus ao descobrirem terras exóticas se deparou com algo extremamente novo e pitoresco a seus olhos: a cultura indígena. Em um primeiro contato estabeleceram um diálogo com os indígenas com a intenção de procurar ouro. Mas percebendo que este meio não traria riquezas partiram para a violência e conseqüente destruição, escravidão da população indígena. Infelizmente durante muitos anos prevaleceu a visão dos vencedores que mostravam uma população indígena submissa e fácil de ser conquistada com a justificativa de serem pagãos. Porém a partir de pesquisas realizadas nos mostram a visão dos vencidos e suas versões acerca da conquista portuguesa e principalmente espanhola na América. As conseqüências destrutivas da conquista afetaram de forma considerável as sociedades nativas em todos os níveis: social, demográfico e ideológico.

Números mostram o enorme declínio da população indígena dos Astecas e Incas. Quando os espanhóis chegaram ao planalto mexicano à população indígena era de 25 milhões enquanto nos Andes era de 10 milhões. Ora, passado algumas décadas pós conquista percebe-se um declínio demográfico de grandes proporções decaindo para 1,9 milhões de habitantes no planalto mexicano e 1,5 milhões a população indígena nos Andes. Umas das causas principais dessa catástrofe foram às doenças trazidas pelos europeus que dizimaram os indígenas que isolados do mundo europeu não estavam acostumados a tais enfermidades, seguido do trabalho forçado e do suicídio em massa de grupos indígenas inconformados com o domínio europeu.

Atualmente os índios vivem esquecidos e isolados do mundo. São tratados apenas como resquícios de uma era arcaica. Muitas tribos desapareceram, outras perderam seus traços culturais sendo absorvidos pelo consumismo capitalista e poucas ainda vivem no anonimato sem a influência e contato com o homem branco. No Brasil temos algumas tribos desconhecidas vivendo na floresta amazônica que a primeira vista vive como seus ancestrais.

Não devemos esquecer o extermínio causado pelos indígenas no passado apoiado pelo poder e ganância dos países europeus aliados a Igreja Católica que tentava libertar os pagãos ameríndios, mas tinham, sobretudo a intenção de barrar o avanço do Protestantismo no “Novo Mundo” instaurando assim uma Igreja pura como nos moldes do início do Cristianismo sobrepujando os hereges. Portanto o Cristianismo foi imposto pela Igreja Católica na América extirpando assim parte da cultura indígena e os deixando submissa a coroa. Nem o pedido de Perdão pelo Papa séculos depois pode apagar o sangue derramado na América Latina que hoje em dia vive os reflexos de uma época colonial de violência e exploração.

Chega-se a conclusão de que a descoberta e conquista da América Latina por Portugueses e Espanhóis destruiu a sociedade e cultura indígena por motivos de ganância e poder. Fatos que geraram conseqüências negativas para o futuro destes povos que vivem a margem da sociedade protegidos por leis apenas simbólicas que nada valem devido ao preconceito causado pela visão européia. Restou aos índios viverem em reservas protegidas pelo poder Federal e uma única data a cada ano para encobrir as maldades e injustiças cometidas contra eles ao longo dos séculos, enaltecendo sua cultura e beleza. Pura incoerência e hipocrisia.

sábado, 16 de abril de 2011

A incoerência Católica aos pés do “martirizado” Padre Cícero


1889, no interior do Ceará mais precisamente em Juazeiro um pequeno povoado no meio do sertão o Padre Cícero Romão Batista realizava a missa como sempre na pequena Igreja da localidade. Mas um fato mudaria para sempre o curso de vida do pequeno povoado assim como a vida do Padre Cícero Romão Batista. A hóstia dada à beata Maria de Araújo teria supostamente se transformado em sangue. Tal acontecimento teria ocorrido nos dois próximos dois anos com o boato de que Jesus Cristo realizara milagres em Juazeiro, motivo pelo qual o pequeno povoado se transformou em local de peregrinação e devoção assim como o Padre Cícero Romão Batista se tornou o inimigo sertanejo temido e odiado pela Igreja Católica Romana. Portanto o Padim Ciço foi alvo de acusações por parte da Igreja Católica que entendia que o santíssimo teria juntado com a beata Maria de Araújo forjado os milagres e pregavam um catolicismo popular e místico em detrimento do poder oficial de Roma. Então para o Vaticano o Padim Ciço não passava de um aproveitador que tentava tirar proveito do milagre para alavancar o povoado de Juazeiro e sua fama pessoal (tal afirmação ganhou mais veracidade com a elevação de Juazeiro para vila como a vida política do Padre Cícero). Tais acontecimentos perduraram por toda a vida do Padre. Como conseqüência dos falsos milagres o Padim Ciço foi proibido de realizar missas, sacramentos, batizados e excomungado pelo Tribunal do Santo Ofício. Mas tais decisões não abalaram a fama e prestígio social que havia conquistado. Milhares de pessoas peregrinavam até o Juazeiro para ter o privilégio de ver o santo e abençoado Padre que tinha o dom de proferir milagres e de conversar como o próprio Cristo.

Padre Cícero morreu como inimigo do Vaticano e do Catolicismo oficial. Entretanto a incoerência que sempre acompanhou a humanidade, religiões e seitas se fizeram presente neste fato. Padim Ciço carinhosamente chamado assim pelo povo humilde faleceu rico. Tinha em posse grandes áreas agrícolas, prédios, gado e etc, fruto do trabalho e ignorância do povo segundo a Igreja Católica. Durante toda sua vida devido a seu gênio forte enfrentou de frente a Diocese do Crato assim como o Vaticano afirmando serem os milagres do Juazeiro sendo verdadeiros. Pois bem. A mesma Igreja que acusou, chegou a conclusão que o Padre era mentiroso, aproveitador de inocentes e demais “honras” o procurou em seu leito de morte para que o Padre Cícero em seu testamento deixasse todos seus bens(que eram muitos) para a Diocese do Crato. Incoerência, não é mesmo?

Além do mais em pleno século XXI a cidade Juazeiro do Norte atrai dois milhões de fiéis todos os anos, aliás, a figura de Padre Cícero que atrai esta multidão. Então pensaríamos: Portanto a Igreja Católica condena a peregrinação? Errado. Atualmente ela apóia esta epopéia rumo ao cariri cearense. Mesmo após 70 anos de sua morte a figura folclórica do Padre Cícero atrai milhões de fiéis todos os anos alavancando assim o comércio da região e reforça a força da religião católica. Mas o que fez o Vaticano mudar de idéia sobre o antigo Padre excomungado?

Segundo o autor Lira Neto que escreveu o livro: “Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão a intenção da Igreja Católica é reerguer o seu poder no Brasil, pois a cada ano que passa tem perdido milhares de fiéis para as Igrejas Evangélicas. Portanto a peregrinação a Juazeiro no Norte é apoiada. Desde que o atual Papa Bento XVI era Chefe do Tribunal do Santo Ofício o processo sobre o Padre Cícero foi reaberto e é estudado hoje para que seja revista a pena decretada a ele para que possa ser elevado a categoria de Santo. Logo Padre Cícero é vacina contra os evangélicos e o Vaticano incoerente destes os tempos da Inquisição.

sábado, 9 de abril de 2011

O Resultado do Vestibular


Entra ano, sai ano. Milhares de jovens se preparam e desesperam para a temida prova do vestibular em muitas Universidades no Brasil. Fato que deixa a família e próprio estudante alucinados por um ótimo resultado. Ótimo também para a “indústria” dos cursinhos preparatórios que ganham rios de dinheiro aproveitando-se da vontade dos jovens de entrarem na Universidade Pública e mais recentemente conseguir um bom resultado no Enem. O vestibular tem como método avaliar o que o estudante realmente extraiu de conhecimento em todos os anos freqüentados à escola. Mas na prática a realidade é outra. Infelizmente o nível da maioria das escolas públicas brasileiras é péssimo, aliado a falta de apoio dada ao professor, contribuindo assim para tais estudantes saírem atrás na corrida do vestibular. Soma-se também a estrutura familiar de muitos brasileiros que não tem condições de pagar um cursinho para seus filhos. Em muitas regiões os estudantes encaram uma realidade ainda mais difícil, pois para estudarem tem que vencer muitos obstáculos como à falta de transporte, longa distância até a escola falta de comida, seca e etc. Além do mais ajudam os pais em muitos afazeres o que dificulta um foco maior somente nos estudos. Portanto tal quadro nos leva a perceber que o jovem sem condições financeiras não tem condições de ser aprovado em vestibulares concorridos. Mas é claro que existem as exceções que acontecem devido ao enorme esforço da família e do próprio estudante, fato que quando acontece e mostrado pela mídia como uma vitória da pobreza.

Por outro lado temos aqueles que dispõem de todo o tempo para dedicarem-se somente aos estudos. Freqüentam colégios bons e de um nível considerável, freqüentam cursinhos e etc. Como prêmios conseguem adentrar a Universidade pleiteando a vaga nos cursos mais concorridos. Ora, percebemos então a disparidade entre estudantes com poucas condições financeiras x estudantes com um bom nível financeiro. Ou seja, não há como um jovem com um baixo capital financeiro competir com aquele que tem um alto capital financeiro. Entretanto os fatos apresentados não podem ser interpretados de forma errônea, pois se percebe que o Vestibular não provoca as diferenças sociais e sim evidencia tais diferenças existentes na realidade brasileira.

Indaga-se a seguinte pergunta: Como diminuir tais diferenças?

Ora, basta nossos representantes investirem o dinheiro público na educação sem desviarem o resultado de tanto trabalho do povo para paraísos fiscais. É necessária consciência daqueles que tem o dever de fiscalizar e investir o dinheiro público para haver qualidade e maior desenvolvimento do país que somente poderá ser alcançado se houver maior qualidade na educação desembocando assim na formação de exemplares e bem sucedidos profissionais e cidadãos. Não o inverso em que o dinheiro é lavado, desviado e gasto em processos ilícitos onde o resultado mais visível está nas escolas e educação do Brasil. Crianças sem transporte, estruturas físicas de escolas em precárias condições, falta de merenda como desvalorização do professor em que sua imagem está desgastada e fragilizada. Parece simples, mas até o Brasil conseguir tal proeza terá que enfrentas muito trabalho tanto para “limpar” o congresso de políticos corruptos como também investir em uma educação de qualidade em longo prazo para que os frutos colhidos diminuam a enorme discrepância entre escolas públicas e privadas. Sonho ou utopia? Apostem suas fichas.