A antiga Roma ainda influência bastante nós pobres contemporâneos, mas poucos sabem disso. Seja na forma jurídica, política e religiosa há resquícios da cultura romana com mais ênfase claro no âmbito político onde existe uma teia de interesses e inverdades. Sem dúvida é um fato igualmente copiado da Roma antiga a velha Política do pão e circo. Isso mesmo. Transladada das margens do Rio Tibre para a modernidade com seus políticos de caráter ultrapassado, antigo. Engana e diverte o povo. A política do pão e circo foi uma grandiosa jogada política por parte dos imperadores romanos que consistia em alimentar e divertir a massa de desempregados. Quase todos os dias aconteciam espetáculos no famoso Anfiteatro, o Coliseu palco de batalhas sangrentas entre gladiadores com o intuito de acalmar a enorme massa fazendo-os esquecer da vida miserável e opressiva que levavam. Diferentemente da corte romana que vivia em luxo, regrada a banquetes e festas. Portanto não é muito diferente da atualidade. Basta “abrir os olhos” e perceber como a velhacaria política usa a diversão e alegria para manipular a população para que esta não se revolte contra a pobreza e injustiça. Enquanto isso os nossos representantes desfrutam de seus exorbitantes salários e regalias que lhes são de direito. Uma coisa é certa: o poder é concentrado nas mãos das mesmas figuras políticas, sejam elas no âmbito municipal, estadual ou federal. É um jogo de cartas marcadas onde só entra quem é convidado. E sem dúvida a população humilde não é convidada, e sim enganada.
Infelizmente esta prática de enganar o povo com diversão está presente em todo o país com maior intensidade no interior dos estados, onde o curral eleitoral e coronelismo ainda existem em pleno século XXI. É corrente vermos festividades em praticamente todos os meses do ano em cidades brasileiras. Os inocentes de bom coração com o discurso de bobalhões dirão que é ótima, a cidade precisa de festividades para alegrar um povo trabalhador e cumpridor de seus deveres como cidadão. Fato que leva a alienação e alegria aos políticos. Gerando mais eleitores inconscientes e um déficit público maior. Consequetemente teremos mais precariedade na saúde, educação e outros serviços públicos essenciais presentes na constituição brasileira. Mas graças a Deus ou Alá(em tempos de pluralismo religioso é aconselhável ser abrangente) ainda existem mentes ajuizadas que entendem o jogo político para enganar o povo e encobrir os problemas. Mas como são poucos sua força não é sequer sentida e ameaçadora para implodir o circo armado na política brasileira. Afirmo mais: no sertão nordestino em meio a secas, fome e pobreza a ação política é ainda mais cruel e centralizadora. A política do pão e circo é vista a “luz do dia”. Políticos promovem eventos e ao final são lembrados como aqueles que levaram diversão e alegria para o povo. Parecendo um jogo ensaiado a multidão aplaude indo para casa feliz sem saber que é apenas uma marionete, fraca por sinal, devido a necessidade pela qual passa devido a falta de investimento no município que tem como donos além dos citados políticos os comerciantes poderosos. Uma teia de interesses controla e manipula a cidade. Não existe situação e oposição. Esta por sinal não é ouvida e não tem força. Mas quando por um milagre a oposição sobe ao poder é acometida pelos mesmos erros e com isso a roda vai girando, e o povo pagando pela tontura. Parece que não adianta tentar alertar a população para a prática cruel e insensata que os políticos cometem. Ao fim somos apenas sonhadores taxados de malucos internados na solidão ou mortos pela ignorância alheia. Apenas acostumados a ser platéia de um circo com ingressos carimbados.
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