sexta-feira, 24 de junho de 2011

Velhos problemas


O caos na saúde brasileira é geral. Pessoas imploram em hospitais públicos apenas reinvidicando seus direitos básicos, mas são tratados com desprezo e omissão. Detalhe: teremos uma Copa do Mundo em 2014 e Olímpiadas em 2016. Irônico ou não?

Os impulsos religiosos provocam repúdio a causa homossexual


Caros amigos, mas o que é esta tempestade causada em torno dos homossexuais que presenciamos nas últimas semanas? Assistimos embasbacados a uma torrente de ignorantes e imbecis que atacam uma minoria que apenas tenta ratificar direitos assegurados na nossa “coerente e moderna” constituição, vêem-se pessoas que não sabem controlar seus impulsos e atitudes agindo assim como seres desprezíveis nos fazendo lembrar-se dos atos nazistas contra os judeus. Mas qual seria a raiz da discriminação e intolerância?

Ora, a origem de uma sociedade machista em detrimento da figura feminina nos remonta as narrativas bíblicas, especificamente ao Gênesis, que mostra a história da queda do homem frente a tentação e pecado, sendo a mulher responsabilizada por ter sido enganada pela serpente(Anjo Caído). Durante a Idade Média a sociedade passou a ser controlada pelas rígidas amarras da Igreja Católica que fez interpretações miraculosas sobre os livros sagrados. Dentre algumas interpretações a de que a mulher era um ser inferior ao homem e deveria estar submetida a este, justificativa comprovada no livro de Gênesis. Posteriormente com as Grandes Navegações e as missões religiosas enviadas ao Novo Mundo o conceito de moral já estava gerido na sociedade européia que transplantou e imprimiu este conceito aos povos ameríndios de uma forma mais cruel. Percebemos que durante toda a história somente houve espaço para o homem e para a mulher, mesmo esta renegada a segundo plano. Chega-se a uma conclusão parcial de que a moral religiosa estava e está impregnada na mentalidade das sociedades, pois não aceitam os homossexuais, justificando esta posição através das narrativas bíblicas que em muitas vezes não tem fundamento, levando pessoas e grupos sociais a um extremismo religioso que ultrapassa seu próprio discurso de amor ao próximo e isso causa sérios problemas de relacionamento com os novos grupos que anseiam por justiça e reconhecimento.

Se a nossa sociedade não fosse tão intolerante e nossa constituição cumprida não haveria a necessidade de toda guerra ideológica e moral pela qual presenciamos. Acima de tudo deveríamos entender que os homossexuais são seres humanos e apenas querem que seus direitos sejam resguardados na constituição e que claro, sejam cumpridos. Não se pode fechar os olhos para um grupo que cresce a cada dia. Afinal ser um homossexual envolve medo, afeto, prazer, sofrimento, traumas e coragem para vencer as barreiras da intolerância comandadas pelos impulsos religiosos.Notamos que a religião muitas vezes impede o progresso da humanidade e deixa um vazio na mente humana tornando as palavras de Freud com muito mais sentido.

“A religião seria a neurose obsessiva da humanidade e, tal como a da criança, teria sua origem no complexo de Édipo, na relação com o pai. De acordo com essa concepção, seria possível prever que o abandono da religião terá de se consumar com a mesma inexorabilidade fatal de um processo de crescimento, e que nos encontramos nessa fase de desenvolvimento precisamente agora.” (Sigmund Freud)

Vale lembrar que a PLC 122 visa garantir tudo o que já foi falado, que seja cumprida uma justiça sem influências e preceitos puramente religiosos. Cada um pode defender sua opinião a favor ou contra a união de homossexuais, mas jamais... jamais pode sair por aí formando um bando de babacas morais para bater e matar homossexuais. A mídia também tem seu papel fundamental para não inflamar cada vez mais o confronto entre a sociedade respaldada pela religião e homossexuais. Pois uma exposição exagerada do tema pode aumentar ainda mais a discriminação e intolerância da nossa “moralizada” sociedade. Os colégios também devem dar proteção aos homossexuais e minimizar as brincadeiras recorrentes em relação ao fato. Para finalizar, uma passagem de Friedrich Nietzsche retirada da obra intitulada Além do bem e do mal:

“Para os fortes, independentes, preparados e predestinados ao comando, nos quais se encarnam a razão e a arte de uma raça dominante, a religião é mais um meio de vencer resistências para dominar: é um laço que une dominadores e súditos, e que denuncia e entrega àqueles a consciência destes, o que neles é mais íntimo e oculto, que bem gostaria de se subtrair à obediência.”

Logo caros amigos, a causa homossexual tem de ser defendida pois como seres humanos devem ter direitos assegurados em lei para serem um dia mais respeitados. Também devemos nos desvincular mais da moral religiosa que incita a intolerância e nos faz mais rudes e rústicos sem uma explicação plausível e justa. Pois o Deus que existe para muitos deve ser o que aceita a todos e não apenas um deus louco que serve apenas a seu próprio ego.

domingo, 29 de maio de 2011

sábado, 21 de maio de 2011

Fundamentalismo nos remete a existência de um Deus "louco"


Que momento é este que vivemos caros colegas? O "ícone"Osama Bin Laden ainda ecoa na memória de todos os ocidentais e certamente dos malucos fundamentalistas islâmicos. Mesmo morto no fundo do mar Osama ainda é lembrado, temido e odiado. Vale pontuar que sua morte apenas marca o começo de uma nova fase na guerra "santa" promovida pelos radicais islâmicos tendo como arma principal os fatídicos homens bomba.
Após os ataques as torres gêmeas em 2001 o então presidente Bush disse: "o mal existe entre nós e precisa ser eliminado". Ora, tal afirmação tem uma grande dimensão religiosa pois os Eua é uma nação na sua grande maioria Protestante e a partir daquele momento declarava guerra ao terrorismo, sendo o islamismo taxado de "mal". Com isso começou-se a impregnar na mente de milhões de pessoas mundo afora que o Islamismo é algo do mal, uma religião ignorante com centenas de infiéis adoradores de Satã e etc. Um grave erro cometido pelos Eua que em desespero a procura de Bin Laden alardearam a população americana sobre o islã e seu perigo. Portanto tal fato gerou um embate entre o Ocidente e Oriente tendo como ápice a arma secreta os homens bomba. Devemos entender a essência do Islã e não ter opiniões precipitadas a respeito de uma religião não muito conhecida. Mas no âmago do Islã existem inúmeras divisões que provocaram a existência dos perigosos fundamentalistas radicais que usam os homens bomba com a justificativa de promover a Jihad(Guerra Santa) contra o Ocidente, especificamente os Eua e seus aliados. Logo, o fundamentalismo religioso islâmico remete a existência de um Deus louco que nada faz por seus adoradores, consequentemente nos deparamos com o Deus da morte, que deixa a impressão de que estamos sozinhos e abandonados , culpa disso é a atual forma do mundo onde tudo pode e onde ficamos "órfaõs", sem a presença do Deus que na verdade anda solitário em meio a tantas tragédias.

O poder da mídia - Parte II

Oh, Deus da Mídia! Suga-me para teu mundo de verdades e fantasias onde a "coerência" impera com sua democracia!Prometo permanecer fiel e alienado a tuas informações atacando se possível teus cruéis críticos. Como prova de lealdade e submissão "ofereço-me" como sacríficio.

Ministério da Educação deveria virar o da Burrice Instituída

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Paraíso Perdido

Decidi compartilhar com todos este belíssimo poema de John Milton um célebre escritor inglês do século XVII que foi político, dratamaturgo e estudioso de religião. Na prisão escreveu este poema que foi publicado em 1667.

"Mundo infernal! E tu, profundíssimo inferno,
Recebe teu novo dono-o que traz uma
Mente que não mudará com espaço ou tempo.
A mente é seu próprio lugar e em si mesma
Pode fazer um Céu do Inferno, um Inferno do Céu.
Que importa onde, se serei sempre o mesmo
Aqui ao menos seremos livres...
podemos reinar com segurança; e, a meu ver,
Reinar é uma boa ambição, embora no Inferno:
Melhor reinar no Inferno que servir no Céu."
John Milton

O poder da mídia


Caros amigos, esta semana participei de um congresso que tinha como um dos temas o poder da mídia. Ora, tema polêmico para alguns e sem sentido para outros. Digamos que para mim o tema é pertinente assim como essencial para entendermos alguns fatos correntes em nosso país.
Muitas vezes não se consegue medir ou imaginar o enorme poder que a mídia detém tanto em âmbito nacional como também mundial. Mas vamos focar na mídia "neutra" que nosso país merece. É óbvio que a mídia é essencial para divulgar notícias e deixar a população a par dos acontecimentos políticos, culturais e etc. Mas o problema reside no fato de como a mídia(referindo-se aos meios de comunicação em massa) repassa as informações para a população. Muitas vezes ela manipula os fatos deixando transparecer sua própria opinião, consequentemente estará induzindo a população a ter a mesma opinião. É a chamada opinião pública, que nada mais é do que a opinião dos meios de comunicação. É visível que em muitas ocasiões os meios de comunicação manipulam as informações, passando assim uma "imagem" falsa da notícia. Portanto a mídia repassa aquilo que lhe convém em detrimento da verdadeira notícia como também desrespeitando a população desinformada que vê aquela notícia como verdadeira. Podemos citar como exemplo o artigo que FHC(Fernando Henrique Cardoso) cita uma nova política para o PSDB, artigo que gerou polêmica por ser mal interpretado com ajuda claro dos meios de comunicação que não se preocuparam em desfazer o mal entendido. Nas eleilções Presidenciais em 2010 visilvemente a Rede Globo apoiava o candidato tucano José Serra em detrimento a candidata Dilma Roussef. Vemos que na prática os meios de comunicação são tedenciosos e não estão em compromisso de serem neutros e transparentes.
A mídia também teria como objetivo disseminar a cultura no país veiculando conteúdos que elevassem o conhecimento e valores da população. Mas infelizmente o que vemos é algo tatalmente diferente. A mídia preocupa-se somente em vender o seu produto e não com os valores que veicula. Portanto o objetivo é vender e obter lucro, não importanto os valores culturais. Com isso ela consegue soterrar muitos valores influenciando a população que não tem informação, gerando um país sem cultura. Podemos enumerar vários fatos em que a mídia influencia de maneira negativa, mas serei breve.
A verdade, portanto, é que vivemos em uma sociedade onde há uma pobreza de valores e cultura. Acontecimentos e atrações fúteis são valorizadas ao extremo em detrimento de uma cultura voltada a elevação do espírito e conhecimento. As bandeiras da hipocrisia e ignorância são erguidas como ápice de uma sociedade sem conhecimento de cultura. Presenciamos a mídia sendo a divulgadora da mediocrice e transmissora de ideais supérfluos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A injustiçada Idade Média


É corrente vermos expressões que desaprovam algo conservador como: Medieval. Infelizmente tais rótulos foram enraizados tendo como princípio o preconceito em relação ao período histórico chamado de Idade Média. O próprio nome, aliás, é uma prova de preconceito ao período tão rico nos campos culturais, religioso e filosófico, sendo a primazia destes rótulos criados pelos Renascentistas e Iluministas dos séculos XVI ao XVIII. Outros termos pejorativos foram incorporados ao período como Idade das Trevas, tenebrae, media aetas e outros mais. Tinham, portanto, como característica renegar e desmerecer os fatos ocorridos tanto como as instituições políticas, econômicas e religiosas. Os pioneiros nesse caso foram os renascentistas do século XVI que buscavam reviver a cultura Grego-romana que havia se perdido em meio a terrível escuridão da Idade das Trevas, ou seja, uma época de 1000 anos que deixou a Europa inerte e sem criatividade.

Os iluministas do século XVIII e sua intenção de buscar a luz do conhecimento também desmereceram e criticaram a Idade Média. Todas as instituições medievais foram criticadas. Protestantes criticavam o fato de o enorme poder e influência católica no período, os burgueses riam da falta de mobilidade econômica e comercial centrada somente no Campo, as monarquias absolutistas lamentavam uma época em que houve Reis fracos e incompetentes. Logo, o iluminismo acentuou o preconceito em relação ao período medieval. Como prova disso, temos declarações de vários pensadores como Diderot que afirmou: “sem religião seríamos um pouco mais felizes”, referindo-se sua crítica a enorme influência que a Igreja possuía em todos os setores da sociedade. Mais duro ainda foi Voltaire que em poucas palavras sintetizou seu menosprezo a Igreja no período Medieval: “a Infame”. O campo científico também tinha suas críticas em relação à Idade Média, afirmando que o período foi de extrema pobreza com relação à curiosidade e raciocínio para buscar novas conquistas e descobertas como lamentando o fato de neste período a fé ter sobrepujado a razão. Concluímos que a Idade Média não foi somente marcada por atrasos e escuridão intelectual. Foi um período que lançou as bases para a modernidade tendo inúmeros fatos importantes como a criação das universidades, preservação de obras clássicas nos mosteiros, a arte sacra, avanços mesmo que tímidos, nos setores comerciais e econômicos assim como o esboço dos futuros Estados Nacionais. É um desafio para os pesquisados no campo medieval continuarem a pesquisa sobre as instituições deste período e tentar apagar de vez os preconceitos e rótulos enraizados na mente humana, fruto do Renascimento e Iluminismo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pão e circo no sertão nordestino

A antiga Roma ainda influência bastante nós pobres contemporâneos, mas poucos sabem disso. Seja na forma jurídica, política e religiosa há resquícios da cultura romana com mais ênfase claro no âmbito político onde existe uma teia de interesses e inverdades. Sem dúvida é um fato igualmente copiado da Roma antiga a velha Política do pão e circo. Isso mesmo. Transladada das margens do Rio Tibre para a modernidade com seus políticos de caráter ultrapassado, antigo. Engana e diverte o povo. A política do pão e circo foi uma grandiosa jogada política por parte dos imperadores romanos que consistia em alimentar e divertir a massa de desempregados. Quase todos os dias aconteciam espetáculos no famoso Anfiteatro, o Coliseu palco de batalhas sangrentas entre gladiadores com o intuito de acalmar a enorme massa fazendo-os esquecer da vida miserável e opressiva que levavam. Diferentemente da corte romana que vivia em luxo, regrada a banquetes e festas. Portanto não é muito diferente da atualidade. Basta “abrir os olhos” e perceber como a velhacaria política usa a diversão e alegria para manipular a população para que esta não se revolte contra a pobreza e injustiça. Enquanto isso os nossos representantes desfrutam de seus exorbitantes salários e regalias que lhes são de direito. Uma coisa é certa: o poder é concentrado nas mãos das mesmas figuras políticas, sejam elas no âmbito municipal, estadual ou federal. É um jogo de cartas marcadas onde só entra quem é convidado. E sem dúvida a população humilde não é convidada, e sim enganada.

Infelizmente esta prática de enganar o povo com diversão está presente em todo o país com maior intensidade no interior dos estados, onde o curral eleitoral e coronelismo ainda existem em pleno século XXI. É corrente vermos festividades em praticamente todos os meses do ano em cidades brasileiras. Os inocentes de bom coração com o discurso de bobalhões dirão que é ótima, a cidade precisa de festividades para alegrar um povo trabalhador e cumpridor de seus deveres como cidadão. Fato que leva a alienação e alegria aos políticos. Gerando mais eleitores inconscientes e um déficit público maior. Consequetemente teremos mais precariedade na saúde, educação e outros serviços públicos essenciais presentes na constituição brasileira. Mas graças a Deus ou Alá(em tempos de pluralismo religioso é aconselhável ser abrangente) ainda existem mentes ajuizadas que entendem o jogo político para enganar o povo e encobrir os problemas. Mas como são poucos sua força não é sequer sentida e ameaçadora para implodir o circo armado na política brasileira. Afirmo mais: no sertão nordestino em meio a secas, fome e pobreza a ação política é ainda mais cruel e centralizadora. A política do pão e circo é vista a “luz do dia”. Políticos promovem eventos e ao final são lembrados como aqueles que levaram diversão e alegria para o povo. Parecendo um jogo ensaiado a multidão aplaude indo para casa feliz sem saber que é apenas uma marionete, fraca por sinal, devido a necessidade pela qual passa devido a falta de investimento no município que tem como donos além dos citados políticos os comerciantes poderosos. Uma teia de interesses controla e manipula a cidade. Não existe situação e oposição. Esta por sinal não é ouvida e não tem força. Mas quando por um milagre a oposição sobe ao poder é acometida pelos mesmos erros e com isso a roda vai girando, e o povo pagando pela tontura. Parece que não adianta tentar alertar a população para a prática cruel e insensata que os políticos cometem. Ao fim somos apenas sonhadores taxados de malucos internados na solidão ou mortos pela ignorância alheia. Apenas acostumados a ser platéia de um circo com ingressos carimbados.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Alimentando o desejo de vingança em Bastardos Inglórios


Caros amigos, todos em são consciência sabem o genocídio causado contra os judeus pelos alemães durante o governo de Hitler. Principalmente após a Alemanha encaminhar-se a derrota o Führer acentuou o extermínio em massa de milhões de judeus nos campos de concentração. Toda a humanidade tem como exemplo o que não fazer contra pessoas inocentes. Mas passados tantos anos após esta mancha na história da humanidade tais fatos são recorrentes em nossas mentes por conta de imagens, notícias daquela época e mais contemporâneo ainda a existência da vitoriosa ideologia nazista: os neonazistas. Tudo isso causa revolta e nojo a ponto de querermos nos vingar de alguma forma do regime nazista, fruto de nosso subconsciente. Pois bem, recentemente foi lançado o filme Bastardos Inglórios que conta de outra forma o fim do regime nazista, expõe o desejo de vingança dos judeus e da humanidade contra o regime como também mostra um fundo de realidade.
Primeiramente não devemos acreditar piamente que todos os judeus não reagiram contra o regime. Em muitos campos de concentração(guetos) houveram rebeliões que em muitas vezes foram reprimidas, expondo o sentimento de revolta do povo judeu prestes a morte. Portanto o filme nos alerta para esse tipo de reflexão seguindo sua fase de reprodução do subconsciente humano ao mostrar um grupo de judeus americanos caçando nazistas e os exterminando de maneira cruel e muitas vezes cômica. E por fim o declínio da ofensiva alemã durante a segunda guerra e os dois planos para matar Hitler e todo o primeiro escalão alemão.
Então queridos, uma boa dica de filme para aguçar nossos desejos e revoltas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

CBN - A rádio que toca notícia - Arnaldo Jabor-A Batalha entre Deuses e Crenças




Cinco sentidos sem nenhum sentido

Era uma vez um planeta
criado com muito amor
matéria prima das boas
por Deus, o nosso Senhor.
Terá ele se arrependido
vendo tudo sucumbido
sem crença, fé ou amor?

Ao homem que ele deu olhos
não enxerga, apenas vê
finge de desentendido
quando há tanto pra fazer
planta os sonhos em versos
de tipos os mais diversos
entretanto ele não crê.

Vive batendo no peito
dizendo tudo poder
mas traz os ouvidos moucos
só quer ter mas nunca ser
um palmo além do umbigo
nem ele nem eu consigo
decifrar o que acontecer.

Das palavras faz chibata
sem ter qualquer compaixão
atreve-se a poetar
pra magoar um irmão
sem entender que a boca
não é para coisa pouca
deve expor o coração.

As dores da própria pele
recusa sem hesitar
não sente nenhum remorso
se as dores for provocar.
Que diabo de ser humano
é esse feito de pano
que não foi Deus a criar?

Se lhe amarga o paladar
enche o ar de palavrão
mas serve, o mascarado
muito fel ao seu irmão
de onde pensa que veio
esse misto de aperreio
sem alma nem coração?

Vem com boa pontaria
eu sei, muita explicação
dirão que isso é balela
eu vim foi duma explosão
pois que seja assim vá lá
eu quero é ver explicar
quem é que armou o alçapão.

Porque mais dia menos dia
não vai ter um pra contar
donde eu vim pr'onde eu fui
a ninguém vai interessar
seja o fogo, a água ou o ar
que os três virão a faltar
que tonto vai duvidar?

Tere Penhabe

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Divino


Nobre seja o homem,
Caridoso e bom!
Pois isso apenas
É que o distingue
De todos os seres
Que conhecemos.

Glória aos incógnitos
Mais altos seres
Que pressentimos!
Que o homem se lhes iguale!
Seu exemplo nos ensine
A crer naqueles!

Pois insensível
É a natureza:
O sol 'spalha luz
Sobre maus e bons,
E ao criminoso
Brilham como ao santo
A lua e as 'strelas.

Vento e torrentes,
Trovão e saraiva
Rugem seu caminho
E agarram,
Velozes passando,
Um após outro.

Tal a sorte às cegas
Lança mãos à turba
E agarra os cabelos
Do menino inocente
Ou a fronte calva
Do velho culpado.

Por eternas leis,
Grandes e de bronze,
Temos todos nós
De fechar os círculos
Da nossa existência.

Mas somente o homem
Pode o impossível:
Só ele distingue,
Escolhe e julga;
E pode ao instante
Dar duração.

Só ele é que pode
Premiar o bom,
Castigar o mau,
Curar e salvar,
Unir com proveito
Tudo o que erra e divaga.

E nós veneramos
Os Imortais
Como se homens fossem,
Em grande fizessem
O que em pequeno o melhor de nós
Faz ou deseja.

Que o homem nobre
Seja caridoso e bom!
Incansável crie
O útil, o justo,
E nos seja exemplo
Dos Seres pressentidos.

Johann Wolfgang von Goethe