sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dúvidas e receios sobre a morte

O que é a morte? Seria apenas o princípio de uma nova vida ou fim de uma existência? Ou uma forma de elevar a alma para algum dia tentar fazer o bem?Seria a morte apenas o começo? Para os céticos, a morte compreende o cessar da consciência, exatamente quando o cérebro deixa de executar suas funcionalidades. A questão de o que acontece, especialmente com os humanos, durante e após a morte (ou o que acontece "uma vez morto", se pensarmos na morte como um estado permanente) é uma interrogação freqüente, latente mesmo, na psique humana. Por outro lado, medo do Inferno ou de outras conseqüências negativas pode tornar a morte algo mais temido. Tais fatos e indagações são polêmicos e infelizmente não tem uma resposta viável ou concreta sem margem de dúvidas. Para saber empiricamente basto morrer, mas é algo que ninguém quer passar. A morte: o ser humano no seu interior sabe que seu fim é este, mas não aceita de forma pacífica, pois no fundo tentamos ser imortais ou pensamos ser. Seria egoísmo e apego ao mundo material? Ou apenas medo do desconhecido? Acredito piamente que são as duas coisas. Há aqueles que querem encarar a morte para fugir de seus problemas cotidianos e assim terem a tão imaginada paz, mas no fim não passam de pobres almas despedaçadas e sofridas, usadas muitas vezes pelas religiões e por seus abutres. A morte também seria a resposta que todos aqueles fiéis e ateístas buscam ao longo da vida se digladiando com meras e ridículas palavras, ou seja, Deus. Isto sim se pode dizer que todos têm a curiosidade de conhecê-lo e indagá-lo sobre diversas questões como: por que nascemos? Como surgimos? Qual o verdadeiro propósito do ser humano? E por que tantos sofrem enquanto muitos roubam e se divertem? Mas como seria nossa reação se descobríssemos que Deus não criou o homem, e sim o homem que criou a Deus? Concluo que nenhum de nós, teístas ou ateístas estamos preparados para conhecer a morte ou mesmo Deus. Não passamos de miseráveis humanos buscando respostas para perguntas que sempre vão se afunilando e indo para um caminho obscuro e sem fim.

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